O ser humano necessita de aprender a comer tal como aprende a
andar, a falar ou a ler.
A idade escolar é a etapa da vida dedicada à aquisição de
conhecimentos, que desenvolve capacidades e que favorece a aprendizagem de
hábitos alimentares saudáveis.
Aos pais cabe educar a criança, também no que toca à
alimentação. Conhecer os alimentos, o seu nome e apreciar o seu gosto, requer
um processo de aprendizagem.
Uma forma de aumentar a adesão das crianças a alimentos saudáveis
é dar o exemplo: se os filhos virem os pais comer diariamente legumes – em
sopa, cozidos ou crus em salada – é muito provável que também os comam com
naturalidade.
Mas é difícil convencer uma criança quando os legumes estão afastados
do prato dos adultos…
E nada melhor do que fazer as refeições em família para esses
bons exemplos passarem de pais para filhos: quando assim é, pais e filhos fazem
muito mais do que alimentar-se – conversam, riem, partilham momentos e reforçam
laços.
Não é um processo fácil, mas há algumas regras preciosas:
• Evite deixar petiscos e alimentos calóricos e doces acessíveis,
pois a criança acaba por ir comendo entre refeições, o que lhe diminui o
apetite à hora da refeição principal.
• Evite as ameaças com castigos se a criança não comer – pois
pode aumentar a sua repulsa em relação à comida, considerando-a assim como algo
negativo.
• Evite as promessas de guloseimas ou outras recompensas em troca
de deixar o prato “limpo”. Nunca utilize a
comida como castigo ou prémio. Esta solução é apenas aparente não os ajudando a
aprender a tomar opções saudáveis e de longo prazo. Pelo contrário fará a
criança pensar que tem o ‘direito’ a uma recompensa sempre que está a optar por
um alimento saudável!
• Evite as cedências se ela disser que não gosta sem provar –
insista com paciência e não desista. Se não for nesse dia será noutro.
• Seja um exemplo para os seus filhos e partilhe com eles vários
alimentos que lhes apresenta. Evite a expressão muitas vezes usada pelas
crianças: “Se tu não comes, por que é que eu tenho de comer?”
• Evite criar outro interesse no ambiente que não a comida.
Televisão, histórias, cantilenas, farão com que a criança se distraia e coma
sem perceber e sem desfrutar do prazer de comer, diminuindo o seu interesse nos
alimentos.
• Evite refrigerantes e sumos durante a refeição - além do
elevado teor em açúcares, as bebidas gaseificadas criam uma falsa sensação de
saciedade e a criança acaba por comer menos.
• Ofereça alimentos diversificados, no sabor e na textura,
prepare com eles pratos coloridos e divertidos que estimularão o seu apetite.
Porque os olhos também comem!
• Dê-lhes um papel ativo na
preparação das refeições. Fazê-los sentir parte integrante das tarefas
rotineiras na preparação e confecção dos alimentos, ajudá-los-á a compreender
todo o processo que uma refeição implica e ter noção das várias possibilidades
(muitas delas mais saudáveis) que existem ao nosso dispor quando fazemos as
compras e cozinhamos. Deixe que eles participem na elaboração dos pratos, a fazer uma salada, a por a
mesa, assim vão sentir-se cada vez mais interessadas e motivadas a alimentar-se
melhor e de forma equilibrada.
• Use atitudes positivas, explicando, que os alimentos a tornam forte e
bonita, e ajudam a crescer, tornam o seu coração mais forte, os alimentos
saudáveis ajudam a afastar os micróbios no corpo, poucas gorduras ajudam a
manter o coração saudável, etc.
Elogie sempre todos os progressos que ela faça em relação à alimentação.
Seja paciente, dê o exemplo.
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